terça-feira, 16 de outubro de 2012

Ficar sentado por longos períodos é ruim para a saúde


Pessoas que acreditam levar uma vida saudável por praticar 30 minutos diários de exercícios físicos estão muito enganadas. De acordo com os cientistas das Universidades “Leicester” e “Loughborough”, que analisaram 18 estudos existentes envolvendo quase 800 mil pessoas, afirmam que passar muito tempo sentado aumenta o risco de diabetes, doenças cardíacas e morte.

— As pessoas se convencem de que estão tendo um estilo de vida saudável, fazendo seus 30 minutos de exercício por dia. Mas elas precisam pensar sobre as outras 23 horas e 30 minutos — diz Emma Wilmot, do “Diabetes Group”, da “University of Leicester”, que liderou a pesquisa.

Os cientistas dizem que o comportamento sedentário na sociedade moderna — como assistir TV sentado no sofá, usar o computador e perder horas dentro do carro— são “onipresentes”. Muita gente tenta ir a academias e praticar exercícios antes ou depois do trabalho para tentar restabelecer o equilíbrio, mas, apesar de trazer benefícios à saúde, apenas isso não seria o suficiente.

— Se compararmos dois trabalhadores que ficam sentados diariamente em suas mesas sendo que um sai do trabalho e vai para a academia, enquanto o outro vai direto para casa assistir TV, então, fica claro que o frequentador de academia terá melhores resultados na saúde do que seu colega. Mas, ainda assim, o frequentador da academia apresenta riscos para a saúde, uma vez que passa grande parte do seu dia sentado — diz Emma.

Entre os males mais comuns encontrados nas pesquisas está a diabetes. Há evidências de que o sedentarismo afeta negativamente os níveis de glicose e aumenta a resistência à insulina, mas os cientistas ainda não sabem o motivo.

— Há muitas maneiras de reduzir o nosso tempo sentado, como quebrar longos períodos ao computador ou mesmo apoiando o laptop sobre um armário. Podemos fazer reuniões em pé, caminhar durante a pausa do almoço, além de reduzir o tempo de frente para a TV, buscando comportamentos menos sedentários — analisou Stuart Biddle, professor da “Loughborough University”, que também participou do estudo.


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