sábado, 26 de maio de 2012

MEC contesta informações sobre piso salarial em universidades

O secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Amaro Lins, reagiu indignado as informações divulgadas pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), mais precisamente pela presidente da entidade, Marina Barbosa. “Não há piso salarial de R$ 557,51. Ninguém mais ganha este salário em uma universidade federal”. 

Segundo o ex-reitor da Universidade Federal de Pernambuco, apenas 180 professores em um total de 70 mil, recebem R$ 1.597,92 por uma jornada de apenas 20 horas. “Com o aumento de 4% mais a incorporação das gratificações, o menor salário para um professor, sem nenhum titulo de pós-graduação (doutorado, mestrado ou qualquer especialização) com uma jornada de 40 horas é de R$ 2.872,85. Um professor com dedicação exclusiva e título de doutorado recebe um mínimo superior a R$ 7 mil”, explicou.


O Ministério da Educação, por meio da sua assessoria, informou na manhã deste sábado, que o reajuste de 4% acordado com as representações sindicais, foi cumprido por força de uma medida provisória, assinada pela presidente Dilma Rousseff na sexta-feira, 11, e publicada no Diário Oficial no dia 14, antes, portanto da deflagração do movimento grevista, e com efeito retroativo para março. Com relação à questão do Plano de Carreira, as negociações se desenvolvem no âmbito do Ministério do Planejamento, e sua implementação é para 2013. “Temos tempo”, explica Amaro Lins. “O prazo final para alocar recursos no Orçamento é no final de agosto”.

O Ministério da Educação sustenta que a greve dos professores das instituições federais de ensino é mesmo precipitada.

Em relação às obras do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que criou 220 mil novas vagas, 14 novas universidades e 132 novos câmpus, o ministério informa que foram executadas 3.247 obras e que, desde 2005, foi investido R$ 8,4 bilhões. Somente em 2012 o investimento é de R$ 1,4 bilhão. Deste total, 90 obras enfrentam problemas de execução, ou por quebra do contrato com as empresas contratadas, por abandono do canteiro de obras ou outras razões.  Mas, o MEC monitora os problemas das reitorias e presta assessoria técnica.


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