Um brasileiro parece estar perto da descoberta da cura da aids. O cientista Luiz Pianowski está cuidando da pesquisa e já tem resultados eficientes em macacos. O próximo passo é testar em seres humanos – e isso pode acontecer ainda neste ano. O produto com o qual ele está trabalhando, feito a partir da planta avelós, entra na célula com HIV, faz o vírus sair e “desliga” essa célula. Isso impede que a célula se multiplique e leve as informações do vírus HIV. Ou seja, o produto fez com que fosse destruído o esconderijo do vírus. A pesquisa já havia sido feita in vitro e acabou de ser testada em animais. Os resultados têm empolgado a equipe de pesquisadores.
Em uma entrevista, durante visita recente a Fortaleza, Luiz Pianowski explicou que o coquetel de medicamentos tomado por pacientes com HIV mata os vírus que estão circulando na corrente sanguínea. Mas, quando o paciente para de tomar medicamento, os vírus reaparecem. De onde vêm? Na verdade, eles estão escondidos dentro das células de latência e nos gânglios linfáticos. “Quando alguém para de tomar o coquetel, eles começam a surgiu e vêm mais violentos na ação. Nosso produto tira o vírus da toca, do esconderijo”, esclarece o pesquisador. É como se essas células com HIV estivessem “dormindo”. Se o coquetel não é mais tomado, elas saem e começam a se multiplicar de novo.
A eficiência do produto foi testada em dois tipos de macacos. E, além de destruir o vírus da doença, o produto fez com que a célula de defesa CD4 começasse a aumentar. Outra boa notícia que anima os cientistas e fazem com que se sintam mais otimistas em relação aos resultados com seres humanos.
Os testes de toxicidade em animais, roedores e não roedores, também já foram feitos, de acordo com Pianowski. “A gente acha que não vai ter variação entre macacos e humanos. Fizemos pesquisas in vitro em células de macacos e humanos. Eu apostaria que funcionaria muito bem em humanos, sim”, planeja Pianowski.
Financiamento
Estas pesquisas tiveram início em 2011. O avelós, a planta que dá origem ao produto usado nos trabalhos, é conhecido pelo alto potencial analgésico e é usado também para o tratamento da dor.
Além disso, a planta, que é originária da África, é usada como base para o desenvolvimento de medicamentos contra o câncer. As três pesquisas são financiadas pela Amazônia Fitomedicamentos, do empresário cearense Everardo Telles, e desenvolvidas pela Kyolab.
PERFIL
LUIZ PIANOWSKI
é farmacêutico, pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (PR) e PhD em Tecnologia Farmacêutica pela Faculdade de Farmácia do Porto (Portugal). Já trabalhou em grandes companhias farmacêuticas. Foi diretor industrial do Laboratório Hebron S/A e foi diretor de P&D do Laboratórios Aché. É palestrante nacional e internacional. Participou do conselho científico do Aché durante seis anos. É coordenador geral da pesquisa do avelós para câncer. É presidente da Kyolab, uma empresa de pesquisa e desenvolvimento de produtos farmacêuticos e cosméticos, com especialização em fitomedicamentos.
Fonte:http://www.uirauna.net
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