quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Índice que mede desempenho de alunos de 15 anos dá pontuação baixa ao RN

Por Francisco Francerle, do DIÁRIO DE NATAL
O Rio Grande do Norte ficou numa das últimas colocações, com 371 pontos, entre os 27 estados brasileiros que participaram do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) em 2009. A pontuação do RN foi igual à dos estados do Amazonas e do Acre, ultrapassando apenas os estados do Maranhão e de Alagoas que foram os "lanterninhas" do ranking, com 355 e 354 pontos, respectivamente. O Rio Grande do Norte foi 0 23º no país e o 7º do Nordeste. Os resultados divulgados ontem mostraram que o estado foi reprovado em disciplinas importantes como matemática, ciências e leitura, que são as áreas de avaliação do programa. A prova é aplicada a cada três anos pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e avalia o conhecimento de estudantes de 15 anos de idade.

Os alunos do Distrito Federal foram os que atingiram a melhor média entre os 20 mil que participaram. Considerando as três disciplinas, a média do DF foi de 439 pontos - 38 acima da nacional. Em seguida, aparecem Santa Catarina (428), Rio Grande do Sul (424), Minas Gerais (422) e Paraná (417). Seis estados também tiveram resultados acima da média nacional - Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Goiás. Como se pode perceber, não existe nenhum estado das regiões Norte e Nordeste entre os melhores. A melhor posição do Nordeste foi a 13ª, alcançada pela Paraíba que obteve 385 pontos.

A Secretaria de Educação do Estado do RN não quis se pronunciar a respeito dos resultados do Pisa, enquanto não analisasse passo a passo os dados da pesquisa. Já o ministro da Educação Fernando Haddad disse que o fraco desempenho do Nordeste é fruto da falta de investimentos na região que há muito tempo tem se verificado. "É muito injusto cobrar do Norte e do Nordeste um desempenho comparável com o do Sul e do Sudeste, sabendo que só muito recentemente é que estamos dando as condições para que esses estados possam formular políticas educacionais consistentes. Vamos corrigir as desigualdades garantindo que não importa onde a criança nasça o investimento público seja o mesmo", disse o ministro.

Fonte: http://www.dnonline.com.br/ver_noticia/57577/

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