sexta-feira, 25 de junho de 2010

Ataque dos EUA e Israel contra Irã deve provocar guerra na Coreia, diz Fidel

O ex-presidente de Cuba Fidel Castro acredita que os Estados Unidos e Israel se preparam para atacar o Irã e que esse conflito provocará, por sua vez, uma guerra entre as duas Coreias, segundo a última de suas "Reflexões" publicada nesta sexta-feira nos meios de comunicação oficiais da ilha.


"Como eu gostaria de estar errado" é o título do último artigo de Fidel, que ressalta que desde o dia 20 de junho navios militares americanos navegam rumo à costa iraniana através do Canal de Suez.

Fidel considera que os Estados Unidos e Israel "subestimam o milhão de homens das Forças Armadas do Irã e sua capacidade de combate por terra, e às forças de ar, mar e terra dos Guardiães da Revolução".

"A estas se somam os 20 milhões de homens e mulheres, entre 12 e 60 anos, escolhidos e treinados sistematicamente por suas diversas instituições armadas entre os 70 milhões de pessoas que habitam o país (Irã)", indica o líder cubano.

O comandante reconhece que pensou inicialmente que a disputa começaria pela península da Coreia e que esse conflito daria lugar imediatamente a uma guerra dos Estados Unidos contra o Irã.

"Agora, a realidade muda as coisas em sentido inverso: a guerra do Irã suscitará imediatamente a da Coreia", diz o ex-presidente de Cuba.

A escalada de tensão na península de Coreia após o afundamento da embarcação sul-coreana "Cheonan" e a possibilidade de que os Estados Unidos e Israel ataquem o Irã foram temáticas constantes nas "Reflexões" de Fidel nas últimas semanas.

Como em vários de seus artigos recentes, o ex-governante também diz hoje que a Copa monopoliza boa parte da atenção da opinião pública internacional enquanto acontecem esses outros eventos.

"É muito justo que os fanáticos do futebol desfrutem da Copa do Mundo. Completo só o dever de alertar o nosso povo, pensando sobretudo em nossa juventude, cheia de vida e esperança, e especialmente em nossas maravilhosas crianças, para que os fatos não nos surpreendam absolutamente desprevenidos", adverte Fidel.

Fidel está afastado da vida pública desde 2006 por uma doença que o levou a ceder o poder a seu irmão Raúl, embora ainda seja o primeiro-secretário do governante Partido Comunista de Cuba.

Da Agência EFE.


Fonte: http://200.188.178.144/ver_noticia/44460/

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